Eu ja me acostumei a ideia de que esse blog é que nem um poltergeist que quando você menos espera ele volta na sua cola. E hoje a gente sincronizou com a Mariah Carey para dizer que Its Time (duas oitavas abaixo que somos meros mortais!), e hoje eu recupero um texto antigo meu de mais de oito anos que eu tinha postado no facebook e foi curtido por um total de zero pessoas, incluindo minha ex namorada!
1- O caminhão do Gás passando em frente de casa tocando Pour Elise de Bethoven, que me fez gostar de música clássica.
2- Sempre tinha uma vizinha vendendo gelinho em algum lugar. Quando uma parava a outra continuava. Parecia combinado!
3- Eu tinha medo de engolir chiclete, porque achava que ele ia grudar no meu esôfago e entupir ele, de modo que eu ia acabar morrendo por não conseguir me alimentar. Só para constar isso é mentira. Mas diziam.
4- Quando tinha festa de aniversário de algum amigo, meu esporte preferido era burlar a segurança que colocavam para ninguém roubar brigadeiro antes da hora, que normalmente é uma tia velha do aniversariante que fica ali de campana.
5- Duas coisas em particular que eu me lembro é de um rádio de CD que tivemos, e aconteceu que dois dos meus cds favoritos na época riscaram bem nas minhas músicas! Foi uma das maiores tragédias da minha infância!
6- E tem também as fitas do Mega Drive que uma hora ou outra começavam a falhar e a gente tinha que ficar assoprando. Acho que foi numa dessas, depois de jogar Racing Runner (acho que era esse o nome) que tiveram a ideia do bafômetro.
7- Por falar em rádio, eu lembro de um que tinha um microfone embutido, e você podia gravar a sua voz em cima de uma fita. E eu falava ao mesmo tempo em que ia rezando para o rádio não mastigar a fita e eu perder tudo. Durou pouco, mas rendeu muitas horas de diversão.
8- Tinha também os antigos cadernos de enquete. Eu fiz pelo menos uns três, só para descobrir no final que nego escreveu s/c em 48 de 50 perguntas que tu fez. As outras duas eram nome e idade. Era tenso! kkkkk Respondi uns vários também!
9- Alias, outra lembrança de festinha é o tradicional balão grande cheio de doces dentro que quando estouravam no final as crianças brigavam de tapa para pegar doce. E nessa hora não tinha amigo, não tinha primo, não tinha parente, não tinha amor, não tinha nada. Alias, era o momento mais democrático que eu já vi, se for ver por esse lado! kkkkk
10- E por último, mas não menos importante, os papais noéis que ficavam nas ruas dando balas para as crianças no natal, e a que acreditava em papai noel não entendia porque tinha dez dele só onde a vista alcançava! E as luzes nas casas e postes? Era tanta luz que tu tinha medo de cegar! E, para fechar com chave de ouro, eu era única criança que gostava (e ainda gosto) do panetone tradicional, com uva passa e tudo! :)
É meio óbvio que a gente sempre ia voltar para o natal, pois aqui o natal nunca morre! Pode até cambalear e respirar por aparelhos, mas não morre!
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