Mas isso me fez pensar como no universo a gente convive com muitas versões gays das coisas e as vezes nem nota. Por exemplo, os planetas estão lá de boa, Júpiter, o grandão parrudão, Urano, Netuno, impondo respeito, a Terra, ninguém quer conversar porque ela anda com uns carrapatos bem complicados. E aí vem Saturno, grande e pomposo, e com seus lindos anéis. Saturno é tipo um planeta Drag Queen, montado para ser visto e para arrasar, para passar fazendo a sua órbita e os outros dizerem: "Menina, você viu aquela anelada, que close?".
Uma vez ouvi dizer que o panetone é a versão gay do pão, e não poderia concordar mais! O pão é aquele cara moldado pela vida: Bateram nele, sovaram ele, fizeram tudo! E mesmo assim ele continua ali firme e forte! Mas aí vem o panetone: O miolo maciozinho e quase doce de tão delicado além das frutinhas cristalizadas no meio, porque o que importa é o que tem por dentro afinal de contas, né? Além disso sempre aparece no natal, numa das épocas mais gays do ano, e eu tenho certeza que já falei isso aqui em algum post: Na mesma época, numa tacada só as árvores ficam bem queers (todas pintosas cheias de enfeites e brilhos), as casas ficam gays pela mesma razão, a comida típica é um peru servido com o rabo aberto virado para cima pronto para quem quiser comer, e a festa acaba com um barbudo entrando no meio da noite no seu quarto! E tem gente que fala que Jesus odeia gays! Olha a tradição, parece aniversário de hétero? (Ok, acho que nos vemos no inferno agora, eu porque contei e você porque riu!)
Eu sempre achei que a gravata borboleta era a versão gay da gravata. Por exemplo, a gravata remete a pastor evangélico, escritório ou enterro, todas coisas que não remetem a homossexualidade. Mas a gravata borboleta, jamais! Desde crianças a gente vai ela nos desenhos nas golas dos personagens mais cômicos em si, sem falar que a própria borboleta é um símbolo muito gay, é literalmente um bicho que se esconde quando fica adolescente, e depois literalmente sai do armário toda bafônica para arrasar, o que, bem dizer, é o resumo da história de todo gay!
Para fechar aqui, o Felippe lembrou uma coisa interessante: A rosquinha normal já é difícil de defender porque ela literalmente tem o formato de um boga experiente e serve para a gente comer! Mas aí, veio um abençoado não satisfeito e decidiu que ainda não estava bom e resolveu mete-lhe um confeito e sujar o doce, criando o famoso Donnut! Tipo, olha a imagem lá embaixo! Não é possível que só a gente vê isso e pensa em coisas impróprias para o horário nobre!
E para encerrar, vocês sabem que a cruz representa o sacrifício de Jesus para pagar os pecados da humanidade, páscoa (outra festa gay aliás, fica geral indo atrás dos ovos!), mas agora eu te pergunto: Mesmo a cruz tendo toda essa simbologia sacro santa que vocês sabem, alguém aqui já viu um hétero com brinco de cruz? Eu nunca vi na minha vida! Agora, se você for na parada gay contar as monas que usam, não vai sair de lá cedo! E é claro que se você for hétero e for na parada gay para ficar reparando no look das amigas, você vai ter que se explicar bastante!
Comentem se vale uma parte II!
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