Depois de muito procurar por ele, Jéssica o encontra numa praça próxima do condomínio. Tinha saído para brincar com um coleguinha, e até aí tudo bem desde que fosse dentro do condomínio. Ele já não era mais o garotinho pequeno de quem eu comecei a cuidar, logo estaria fazendo oito anos, deveria poder ter certa dose de confiança. Ela o encontrou sentado em um banco com uma expressão triste, como se algo de muito errado tivesse acontecido.
-Pete, você está bem?
-Aconteceu uma coisa muito ruim, tia!
-O que foi? - Ela perguntou, bastante preocupada, se sentando com ele e o abraçando.
-Esse banco está com a tinta fresca e eu não vi!
-...
Se pelo menos ele tivesse falado um segundo antes. Agora podia sentir a tinta molhada nas suas costas e embaixo. Não podia sair dali ou ia denunciar a burrada que fez, seria muito mico. E o pior é que quem pintou o banco nem colocou uma placa.
-Quer saber, eu não vou passar por isso sozinha! Agora a gente vai esperar o próximo!
Minutos depois, Lucas e Max aparecem. Nisso eu já tinha voltado para os EUA. Ao ver os dois aparentemente preocupados, não se contiveram em perguntar.
-Eu, está tudo bem? O que aconteceu com vocês?
-Uma coisa terrível! - Disse Jéssica.
-Eu tenho certeza que vai ficar tudo bem! Uma moça bonita como você tem um homem aqui para salva-la! - Se sentou ao lado dela. Lucas em seguida.
-Esse banco está com a tinta fresca e a gente não viu!
-...
-Vocês fizeram de propósito, né? - Reclamou Lucas.
-A gente não ia passar por isso sozinhos! - Disse Jéssica.
Mais algum tempo se passou e ninguém tinha coragem de sair e virar a piada da cidade até chegarem em casa. Depois, veio o Maurício, saindo mais cedo do trabalho, ainda com o terno.
-Que reuniãosinha é essa aqui? Porque vocês estão todos sentados aqui? E você não tinha ido para os EUA? - Olhou para Max.
-Aconteceu uma coisa terrível, seu Maurício! - Disse Jéssica.
-Ai, meu deus! - Disse ele, se sentando. - O que aconteceu? E quanto vai me custar?
-Talvez a lavanderia!
-Esse banco está com a tinta fresca e a gente não viu! - Disse Pete.
Uma hora depois estavam Pete, Jéssica, Lucas, Max, Thalia, Maurício e Raquel sentados no banco, todos sem coragem de se levantar e serem os primeiros a pagar aquele mico. E agora nem adiantava esperar mais alguém porque o banco estava cheio. Então, Pete avisa novamente.
-Então, parece que a tinta já secou, mas... Agora a gente está preso no banco!
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Essa história acontece logo após o fim da temporada de "Eu, Meu irmão e as Crianças"!
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