Eu sou daqueles adultos que ainda adora desenhos, mas aqueles da minha época, tanto que tenho maratonado as temporadas de Power Rangers. Quero dizer, os desenhos mais maduros. Aquelas coisas bobinhas e infantilóides da Disney Junior eu não tenho saco por mais paradoxal que seja amar crianças e ter facilidade de lidar com elas sem gostar do que elas gostam!
Mas a vida é uma caixinha de surpresas e um belo dia que ninguém esperava: Talking Tom and Friends entrou na minha vida pelas sugestões da Home do Youtube!
Eu preciso que vocês tenham ciência de que não estamos falando de um desemho para crianças pequenas como são os apps da série. Os apps são bichinhos virtuais feitos com a bunda e com menos utilidade que um papel higiênico!
O desenho não, e eu só preciso de um parágrafo para te convencer disso: Tom e Ben são jovens programadores falidos que moram numa garagem e nunca conseguem emplacar um app, e por isso o sofá é um banco velho de carro e quando a história do episódio interrompe para os depoimentos dos personagens, esses depoimentos são dados no banheiro! Repito: No banheiro!
E olha se isso não é uma verdadeira república de faculdade de humanas: Tem o homossexual (Ben), o drogado (Hank), a criança que não é parente de ninguém e sabe deus como é que foi parar lá e por isso ninguém se responsabiliza (Ginger), a patricinha de roupa que só não é mais curta que a quantia de neurônios disponíveis (Angela) e Tom que... É só o tom mesmo!
Isso parece um roteiro de desenho para crianças pequenas? Definitivamente não, isso é uma comédia pastelão dos anos 80 que faria Steve Jobs se identificar!
E o mais legal é que temas adultos por vezes são usados ali, não suavizados mas mascarados de uma forma que uma criança não vai entender mas para o adulto tá muito na cara a intenção pouco puritana do roteirista!
Há um episódio de Halloween por exemplo em que Ginger literalmente captura e tortura os demais do início ao fim do episódio!
Há uma cena em que eles vão para um universo paralelo e quando suacontraparte lhe oferece cenoura, bom, sabe aqueles áudios que cada vez que você escuta é algo diferente e no fim você tá ouvindo o que você quer ouvir?
O que a criança ouve:
-Dispenso a cenoura, mas sabe o que eu quero de comer?
O que você ouve:
-Dispenso a cenoura, mas sabe que eu quero te comer?
Agora olha para essa imagem:
Vocês acham realmente que a frase que estava no roteiro é a primeira? Olha a expressão do personagem, isso é cara de quem quer comer no sentido digestivo? Ou no sentido +18?
Sem mencionar o Tom quase se pegando com a Angela no sofá de um jeito que fica muito claro que ia rolar safadezas!
E a qualquer momento corta para algum personagem falando dos outros no banheiro (A única parte arrumadinha da casa, o que é estranho! Numa casa onde ninguém tem mais de trinta anos o banheiro seria justamente a parte mais imunda!), porque aparentemente o roteirista tem fetiche em ver os personagens no banheiro!
Por sinal esse músical no banheiro é digno de um Brooklin 99! E eu só posso fechar com o diálogo que resume todo esse post:
"Tá, mas eu vou cuspir no seu café!"
"Oh, isso vai ser divertido!"
.
Postar um comentário