Então observo pessoas sem se escutar, indiferentes ao seu redor!
São vozes vazias armadas de covardia, intolerantes ao seu irmão!
Não da pra achar normal tamanha estupidez!
Tá banalizado o matinal!
E um choro de mãe,
A ausência se fez, e o teu nome,
Deus, procurei!
Tô em busca de carinho, tenho tanto para dar!
Ir além do horizonte, descobrir o meu lugar!
Velhos erros, novo mundo, meu destino inventar!
É que sem nossa loucura não há como lutar!
Sou, sei que sou capaz de ser!
Bem melhor, eu sei quem sou!
Sou, sei que sou capaz de ser!
Bem melhor, eu sei quem sou!
Nesse último dia sete, quando acordei pela manhã, estava tocando música no celular. Adormeci na noite do último dia seis ouvindo a Única FM, uma rádio maravilhosa daqui da cidade, junto da Uniara FM que pertence a universidade. E aconteceu uma coincidência curiosa. Eram nove horas da manhã e quando coloquei os fones novamente no ouvido, tocava a faixa dez do album Sambaland de 2002 de Wilson Simoninha, o filho do eterno Simonal: "Quem Sou!" E eis que essa faixa me tocou o coração!
É um dia triste para a democracia, o dia que uma massa de gente burra vai protestar em favor (o que é rídiculo por si só, protestar pela própria definição da palavra é contra o sistema estabelecido, é fazer exigências e reivindicações serem ouvidas) desse governo corrupto e genocida responsável por pelo menos cem mil das quinhentas mil vidas que já foram perdidas para o Coronavirus, além de gerar todas essas crises que o Brasil enfrenta, desvalorizar para c#ralho o real e nos colocar de volta no mapa da fome, além da nossa economia perder grande parte da força diante do mundo.
Sim, a canção é de 2002 quando na verdade começava o governo Lula, e não estou dizendo que Simoninha a compôs com qualquer motivação política, mas nada me tira da cabeça que a rádio tocou essa música nesse dia pela manhã justamente como uma indireta ás vozes vazias armadas de covardia intolerantes ao seu irmão que estiveram em São Paulo e em Brasília nesse dia!
Felizmente, confirmamos o que as pesquisas já falavam: O Bolsonarismo padece com 24% da população ainda apoiando e Bolsonaro amarga uma das maiores aprovações da história! E por mais que a gente saiba que em termos de tempo histórico isso não dura e que assim como há trinta anos (com Fernando Collor) e trinta anos antes (com a ditadura militar) e trinta anos antes ainda (com a ditadura Vargas) (...) daqui a trinta anos teremos uma nova população com título de eleitor com a cabeça fresca para comprar as mesmas idéias reacionárias que colocaram Bolsonaro no poder, nesse momento, para mim, já é uma grande vitória que finalmente as pessoas estão, mesmo que só um pouquinho, e mesmo que o curso da história esperado seja esse, percebendo a lama em que afundaram o pé!
E eu aqui, em busca de carinho e tendo tanto para dar, indo além do horizonte descobrindo o meu lugar, posso ter mais tranquilidade em saber que em 2022 vamos realmente sair dessa, e que mesmo para um golpe Bolsonaro não tem apoio o suficiente! Brilha a esperança! Sem a loucura de acreditar não há como lutar!
.
Postar um comentário