Queima a Fita #06: Luca é gay?


   Antes de mais nada eu queria registrar que sou tão leso que fui assistir esse filme achando que era da Dreaworks, não sei porque! Aí achei que em lgum momento ia aparecer o rei Julian querendo jogar o Luca num vulcão para os deuses!
   Também fui assistir o filme com a consciência de que ia ter que ver o Luca sem camisa boa parte do filme e confesso que me surpreendi: Os primeiros vinte minutos foi ele sem camisa e o filme inteiro de shortinho curto. Gente, não pode ser tão quente assim no litoral italiano (apesar de o Saara ser ali perto) e claro, está explicado porque muitos fãs estão dizendo que Luca é gay!
   Piadas a parte, a maneira como o filme mostra como as diferenças são sempre repudiadas pela sociedade, e geram violência e rejeição para os diferentes é realmente bonita e chocante, muito embora na vida real ninguém deixe de ser racista ou homofóbico magicamente por causa de um discursinho bonito! (Se Luca cantasse Pablo Vittar a cena seria bem mais crível!).
   No Alberto eu já vi aquele primo mais velho delinquente que te leva para o mau caminho quando você é criança e te apresenta a G Magazine do Belo. Não que tenha me acontecido, é claro, foi só um exemplo!
   Mas a minha cena favorita foi a mãe louca jogando as crianças na fonte inclusive com bunda (sim, num filme infantil) para ver se uma delas era o Luca! É muito legal e realista uma mãe que não reconhece o próprio filho, mas é mais legal ainda que ela agride trezentas crianças diferentes em praça e simplesmente não tem um adulto ali vendo! É simplesmente uma obra de arte esse filme! *Aviso de sarcasmo para pessoas com menos de dois neurônios, geralmente fãs de Bolsonaro*
   Agora, uma coisa que eu tinha comentado com o Felippe quando eu vi o filme é que quando a avó fala que já subiu na superfície e rapelou um cara no carteado, naquela teoria dos fãs de que o filme é uma metáfora a causa gay, essa é literalmente aquela avó na mesa de jantar dizendo para a mãe homofóbica parar de graça que ela mesma adorava um grupal com quem viesse na juventude!
   E para encerrar, a cena final melodramática mas também muito clichê dos dois se despedindo na partida do trem, realmente soa bem dramalhão italiano do século XX mesmo, o que só dá a entender que o diretor queria mesmo criar a discussão do "é gay ou não é?". Mas todos nós sabemos onde está a resposta: No shortinho curto atochado no rabo!

E essa é a cara de que tá
atochado mesmo!

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