Cachorro de Apoio Emocional


   Essa semana fiquei sabendo sobre uma série recente na netflix a respeito de transtorno de ansiedade, como o que eu tenho, porém mais focado em ansiedade social. Isso significa, por mais que vocês não percebam porque eu digito essas doces palavras isolado no meu quarto, mas encarar qualquer lugar com muita gente, principalmente se tiver muito barulho, é um trabalho hercúleo. Sério, é horrível. Acreditem ou não, eu passei cinco anos na faculdade e não pisei uma única vez em nenhuma festa, nem sei o que é Interunesp para falar a verdade!
   Mas a parte mais divertida é que, em vez dos esperados medicamentos (por exemplo, eu tomo 50mg de Sertralina ao dia e 25mg de Clonazepam se tiver crises mais fortes) o garoto usa uma solução pouco convencional que eu nem sabia que existia: Um cachorrinho de apoio emocional! Basicamente, um ursinho de pelúcia vivo que ele pode abraçar quando tiver alguma crise.


   E eu fiquei me perguntando, porque eu não tenho um? Assim, eu não sei se no meu caso específico um cachorro teria o mesmo resultado que os remédios, e por sinal os remédios não vão cagar no meu tapete! Mas ainda assim, a idéia de ter um cachorro que eu posso levar para qualquer lugar que eu for a qualquer hora de início me pareceu fantástica!
   Imaginem, como sou educador infantil, levá-lo para a creche enquanto estou no trabalho. O duro seria fazer as crianças pararem de prestar atenção no cachorro e prestar atenção em mim, e se alguma delas tiver trauma com cachorro, aí vai ferrar tudo de vez! E vai ser um problema se ele cagar na creche e eu tiver que parar tudo com as crianças para pegar o presentinho dele, mas fora isso tem tudo para dar certo!
   Mas, de repente poderia... NEM F#DENDO! A última vez que levei meu cachorro para fazer caminhada na pista do estacionamento do aeroporto ele me fez parar e cagou... Perto da entrada da frente. Por sorte, ninguém viu, e o que ninguém vê, ninguém sente!
   E em casa ia ser a mesma coisa de sempre, se bem que aqui quem me dá apoio emocional é o meu gato. E coisa curiosa, qualquer bicho pode ser um bicho de apoio emocional de alguém, tartaruguinhas, porquinhos da índia, e até mesmo gatos! Aí eu fiquei pensando: Quando começar o Gatageddom (para quem não acompanha o blog, é quando os gatos finalmente vão começar a dominar e escravizar a raça humana) os gatos de apoio emocional vão ficar do lado de quem? Ok, eu com certeza não quero um gato de apoio emocional!

Essa série está na Netflix e eu recomendo demais que todos assistam, porque
apesar de a série ter um roteiro mais adaptado a públicos mais jovens, eu acho
muito legal que ela trata a ansiedade de maneira realista, sem subestimar ou
superestimar como pessoas, e sobretudo crianças se sentem quando tem crises,
e mostram as crises como são pelos olhos delas, o que é incrível! Ps: Ignorem o
nome da série em português. Eu ignoro. É uma tremenda b#sta e parece que foi o
narrador da Sessão da Tarde que sugeriu o nome! "Dude, o Cãopanheiro!".

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