Ou sou eu mesmo que estou ficando velho, quem pode dizer com certeza? O ponto é que, eu cresci com coisas e referências maravilhosas que parece que se perderam com o tempo, e o que substituiu não está dando conta.
Eu sou fã de coisas velhas. Até hoje quero dar um beijo na professora que me apresentou, aos 11 ou 12 anos o filme de Mary Poppins, da década de quarenta (como não querer uma babá assim?), e “O Cão dos Baskerville”, livro de “Sir. Arthur Connan Doyle”. Amigo, quando um escritor é chamado de “Sir”, é porque ele realmente era f#da! (Desculpe, Rowling!). Filmes do Charlie Chaplin também são um primor a parte. E vejam que quando eu falo de coisas velhas, são inclusive coisas mais velhas que eu!
Nunca mais vi coisas que me fizessem brilhar os olhos assim. Ultimamente o cinema tem investido em remakes de desenhos antigos em forma de animação. Mas não tem mais o mesmo brilho. É tipo um bolo sem açúcar: Você pode estar na mais rigorosa dieta para perder o máximo de peso possível até virar o Gasparsinho (outra referência), mas bolo sem açúcar é simplesmente inaceitável e intragável.
Pessoalmente, nenhum desses cantores ou bandas atuais me fez cantar como um louco no chuveiro ou na frente do espelho com a coreografia mais estranha possível (mas tudo bem porque ninguém vê), como Michael Jackson e Roxxete fazem.
Se um dia você passar pelo meu banheiro e ouvir coisas como “IT MUST HAVE BEEN LOOOOVE! BUT I'TS OOOVER NOOOW! MUST HAVE BEEN GOOOOD! LALALA LA LA LAAAA!” pode ter certeza de que encontrou uma pessoa feliz!
Eu lembro de muitas coisas que se perderam no tempo. Uma delas até já mencionei aqui no blog, que são os famosos cadernos de enquete. Uma pessoa escrevia uma pergunta diferente em cada página de um caderno, e, se identificando pela ordem em que pega o caderno, cada amigo da pessoa tinha que responder as perguntas, o que era legal porque aproximava a galera e ajudava a criar afinidade. Tirando um ou outro filho de uma égua que coloca "S/C", o famoso "Sem comentários" em nove de cada dez perguntas. Mas não se pode negar o quanto era divertido.
Para as meninas, eram muito populares aqueles trinta títulos de revistas para adolescentes que haviam. Era engraçado porque era a mesma coisa todo mês: Algum homem famoso na capa, e promessas de testes e posteres de mais três famosos do momento. A Capricho e a Todateen lideravam essa moda. E os testes eram uma coisa a parte. Os editores faziam as menininhas pensarem que absolutamente qualquer coisa podia ser descoberta por meio de testes, se duvidar até diagnostico médico. Com a popularização da internet, essas revistas foram esmagadas, junto com as boas e velhas revistas de games, que por sinal, merecem um post próprio aqui!
Eu me lembro também como quando tinha dez ou onze anos já me dava por muito feliz e sortudo por conseguir comprar um minigame de tijolinhos, aquele famoso "brickgame", e hoje a criançada já tem risco de infartar se o pai não der o último Iphone que saiu. E mais tarde, fiquei mais feliz ainda com o meu primeiro celular, um Nokia tijolão com o famoso jogo da cobrinha que todo mundo na época amava!
E só para encerrar esse texto eu queria lembrar dos doces, e em particular, daquele que até hoje eu lamento muito a existência tão efêmera e triste que teve na minha cidade o marcante e para sempre lembrado chiclete Big Big. Era um chiclete em formato de cubo que vinha com figurinhas nem lembro mais do que. Simplesmente o melhor chiclete que já existiu, e tem mais: O sabor não acabava em doze segundos que nem hoje, antes de virar uma borrachinha sem gosto! Foi um dos maiores marcos da minha infância!
Em resumo, o que quero dizer é que não me acostumei a essa nova geração. Não que eu fosse muito a favor de “Sexo, Drogas e Rock and Roll”, nunca fui. Mas “Funk, maconha e p##heta” também não é exatamente o que eu esperava como “evolução”.
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E antes que alguém pense em me cobrar nos comentários, eu sei que nem tudo era bom nas antigas. Está aí a Xuxa que não me deixa mentir. Ainda farei um post só sobre as coisas ruins das antigas para compensar esse, tudo bem?
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