Eu tenho um sério problema para dormir. Eu demoro demais para pegar no sono. Às vezes fico duas ou três horas parado quieto na cama esperando o sono vir e nada e quando vem, passa tão rápido que mal sinto que aproveitei. Que nem receber salário.
Mas, uma coisa interessante é que, nesses momentos a mente começa a voar e você começa a conversar consigo mesmo. E aí, um assunto vai levando a outro, que vai levando a outro, que vai levando a outro, até quando você perceber já é mais de onze horas da manhã e se você tinha um compromisso de manhã, já rodou. Por isso, trago a vocês hoje alguns dos meus pensamentos da madrugada:
Cara, e se o Dr. Frankstein na verdade inventou a história do monstro para justificar que tem um homem enorme passando a noite com ele?
Eu não acredito que ele fez isso comigo, cara! P#ta que pariu! Ele merece uma surra de pau mole para virar gente! Ou... Uma surra de pau duro? Acho que uma surra de pau duro doeria muito mais tanto no corpo quanto na alma e feriria drasticamente sua masculinidade. Então fechou, ele merece uma surra de pau duro!
Tudo bem, vai ficar tudo bem amanhã! Amanhã o mundo será um belo arco-íris com unicórnios felizes e coelhinhos pelo chão! Pera... Não, acho que eu não quero viver num mundo assim! Ok, eu preciso comprar remédios.
Mano, imagina que louco se não houvesse gravidade? Aí, quando eu acordasse amanhã eu estaria perdido em um lugar completamente estranho porque meu corpo ficou flutuando e vagando para algum lugar aleatório! Seria muito hardcore acordar cada dia em um lugar diferente! E daria uma tremenda de uma boa série de ficção científica!
Cara, é muito legal isso de empalhar animais mortos. De repente, se empalhasse pessoas mortas, além de resolver o problema da lotação de cemitérios, as pessoas ainda teriam uma recordação muito legal para deixar na sala de estar. Se bem que não sei se seria exatamente agradável receber meus amigos ou uma garota em casa com meu falecido avô encarando eles. E pensando bem, acho que nem todo mundo faria um uso digamos... Ético, para os seus cadáveres empalhados.
Cara, é tipo uma bomba relógio, qualquer hora eu mando essa faculdade a p#ta que a pariu e vou vender minha arte na praia. Pera... Mano, a praia mais próxima fica a 430 quilômetros daqui, e vamos encarar, eu sou uma anta até para artesanato. É, acho que eu não tenho muita escolha na vida.
[Me levanto semiconsciente da cama, vou até o banheiro e me olho no espelho] Mano, quem é esse muçulmano na minha casa? Ah, é, droga, sempre esqueço de fazer a barba e fico parecendo filho do Bin Laden. Bem, Bin Laden devia ser um cara bem legal com as pessoas que ele não explodiu.
Cara, o ser humano é tão inútil que quando as tartaruguinhas nascem, já lutam sozinhas pela sobrevivência, para chegar até a água antes que os predadores as peguem, enquanto o ser humano sequer troca a própria fralda sozinho quando nasce. Acho que a mãe natureza tinha um certo problema de favoritismo!
Os dois recordes que eu tenho no [jogo qualquer de celular] eu consegui enquanto estava no meu banheiro cagando. Será que existe algum estudo científico que associe o momento de cagar com algum tipo de abertura de sinapses do cérebro? Podia ser algo do tipo, sei lá, "Estudo de alguma universidade famosa no mundo comprovou que, se normalmente usamos 10% do nosso cérebro, quando sob efeito de drogas e sobre o vaso sanitário esse número aumenta para 35%".
Se os camaleões assumem a cor do ambiente, o que acontece se jogar um camaleão numa piscina de bolinhas? Será que ele enlouquece? Ou explode?
Podiam fazer um jogo de terror baseado na situação atual da política brasileira. Alguma coisa tipo “President Evil”!
Em minha defesa: Se a gente começa a pensar em coisas sérias enquanto o sono não vem, aí é que não consegue dormir mesmo!
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